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Conhecendo os produtos – Inversor e medidor bidirecional

No texto de hoje, continuaremos conhecendo os equipamentos do sistema solar fotovoltaico. Além dos painéis e cabos, existem outros componentes importantes do sistema solar on grid, como por exemplo o inversor e o medidor bidirecional de energia. Conhecer esses equipamentos pode te ajudar a entender melhor os custos do sistema solar e a importância de escolher bem as marcas e potências.

Inversor

O inversor de conexão à rede é o equipamento que permite que sistemas solares ou eólicos consigam conectar a energia produzida à sua rede doméstica ou industrial e posteriormente envie essa energia para a concessionária de energia para virar crédito de energia. A função do inversor é também converter a energia que sai do painel em corrente contínua para corrente alternada na sua tomada de casa.

Apesar de não ser muito famoso, o inversor é um dos protagonistas do sistema junto com os painéis. Além do inversor em si, temos alguns outros componentes importantes como os MPPTs (Maximum Power Point Tracking), que otimizam a produção do seu sistema. Eles, além de otimizarem a quantidade de energia transferida do painel para o inversor quando se utiliza mais de um MPPT em um inversor, fazem com que cada string (painéis ligados em série) seja independente entre si. Por exemplo, caso você tenha um pote com 2 litros de água, e caia dentro dele barro, todos os 2 litros estarão sujos de barro. Agora, imagine que esses 2 litros foram separados em quatro potes de 500 mililitros cada. Se cair barro em um pote, os outros estarão perfeitos para consumo. Essa é mesma lógica do uso dos MPPTs nos sistemas solares; caso um painel apresente algum problema, as outras strings não serão afetadas e produzirão energia normalmente. O uso de um inversor de maior potência, com mais MPPTs, substitui vários inversores de menor potência e tem como um dos benefícios o custo reduzido de projeto.

Sistema com vários inversores sem divisão de MPPTs
Sistema com um inversor apenas e com vários MPPTs

A qualidade dos inversores é muito importante para a segurança do seu sistema e das redes que vão receber essa energia, por isso a escolha por marcas certificadas e consolidadas é importante. O inversor irá receber cargas elevadas e por isso apresenta alguns sinais, como aquecimento e ruídos no equipamento. Marcas tradicionais conseguem fazer com que essa temperatura seja regulada e segura e que os sons sejam cada vez mais baixos. Por isso, a importância de instalar o sistema em ambientes com circulação de ar (fora de caixas ou nichos), em uma altura e local que sejam seguros para crianças e que o barulho (mesmo que baixo) não incomode os usuários.

A Smartly tradicionalmente utiliza apenas marcas que sejam certificadas e previamente testadas por nossa equipe técnica, como por exemplo, ABB, SMA, WEG, Fronius e Sungrow. Essa escolha foi discutida por nossos especialistas para sempre oferecerem produtos de maior qualidade e que adaptam ao seu projeto.

Uma dúvida muito recorrente de nossos leitores é sobre o dimensionamento do inversor em relação ao sistema de painéis. Como que em alguns sistemas a potência dos painéis está acima da potência nominal do inversor? Cada inversor apresenta uma margem de potência acima do nominal em que o sistema pode ser incorporado de forma segura, então, caso receba uma proposta em que o sistema é de 56 kWp e o inversor é de 50 kWp, não é preciso se preocupar, pois nossos especialistas conhecem toda a ficha técnica dos equipamentos e sabem das margens de segurança dos inversores. Colocar uma potência dentro dessa margem não causa nenhum problema técnico quando feito de forma consciente e nem reduz a vida útil dos equipamentos; ainda traz o benefício de o custo ser reduzido em relação à instalação de dois ou mais inversores. Sabendo que o custo do inversor em um sistema representa até 20% do preço total do sistema, conseguir fazer com que essa parte seja reduzida sem causar qualquer dano ou risco ao seu projeto é bastante interessante.

Medidor bidirecional

Outra dúvida frequente é a respeito do medidor de energia da concessionária, como ele funciona, como contabiliza o que foi enviado para a rede, como é a troca e quanto é essa troca de medidor e ainda existem alguns mitos a respeito desse processo. Esse assunto, iremos responder por meio de tópicos com as principais dúvidas. Caso você possua alguma dúvida a respeito do sistema, pode nos perguntar na página do facebook (link).

1- O medidor mede ao contrário quando há injeção de energia do sistema?

Não. O medidor vai contabilizar o quanto você consumiu da rede e o quanto você injetou nela por meio de códigos que serão interpretados pelo leiturista. Após isso, o consumo faturado é a subtração entre o consumido apurado da rede menos o injetado na rede, ou seja, nada de rodar para o lado errado!

2- O medidor mede mais devagar quando tenho o sistema?

Depende. Para medidores analógicos, se você estiver utilizando a energia da sua produção, acaba que você consome menos ou não consome energia da rede, por isso que pode parecer que o medidor funcione mais lentamente.

3- Quanto custa trocar o medidor tradicional para o bidirecional?

Zero. Conforme estabelece o art. 8° da Resolução Normativa no 482/2012, a distribuidora é responsável técnica e financeiramente pelo sistema de medição da microgeração distribuída (até 75 kWp). No entanto, no caso da minigeração distribuída e para a modalidade de geração compartilhada (mesmo sendo um sistema de microgeração), o custo de adequação do sistema de medição é de responsabilidade do interessado. O custo de adequação é a diferença entre o sistema de medição requerido para fazer a compensação de energia elétrica e o sistema de medição convencional, utilizado em unidades consumidoras de mesmo nível de tensão.

4- Quanto tempo demora para trocar o medidor tradicional para o bidirecional?

Após a vistoria e a aprovação da concessionária, a troca deve ser efetivada em até 7 dias, sob a responsabilidade da empresa fornecedora de energia.

5- Por que o valor injetado na rede é menor do que o produzido pelo sistema?

Primeiro devemos perceber que o medidor registra a energia que você não consumiu e enviou para rede, ou seja, o seu sistema gera a energia e você consome na hora esse valor; aquilo que não foi consumido por você é enviado para a rede e, quando você está consumindo mais do que o seu sistema consegue suprir, a diferença é adquirida usando a rede de energia.

6- De quem é a responsabilidade financeira pelas obras no sistema de distribuição para conexão da geração?

A micro e a minigeração distribuída são conectadas à rede por meio de uma unidade consumidora. Assim, o tratamento regulatório acerca das responsabilidades para conexão é similar àquele dado a unidades consumidoras convencionais. Portanto, aplica-se o princípio da Participação Financeira, regulamentado na Seção X do Capítulo III das Condições Gerais de Fornecimento (Resolução Normativa no 414/2010). Vale ressaltar que os custos de eventuais ampliações ou reforços no sistema de distribuição em função exclusivamente da conexão de microgeração distribuída participante do Sistema de Compensação de Energia Elétrica são arcados integralmente pela distribuidora acessada, exceto para o caso de geração compartilhada. Para o caso de minigeração distribuída (em todas as modalidades) e de microgeração na modalidade de geração compartilhada, se houver a necessidade de ampliações ou reforços em função exclusivamente de sua conexão à rede de distribuição, deve-se incluir tais custos no cálculo de participação financeira do consumidor (art. 5o, §2o da Resolução Normativa no 482/2012).

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